novembro 24, 2006

Padrão Grobo.




Tô cansado da mesmice do cinema nacional. Me dá a impressão que filme bom tem q se passar no sertão, tem que mostrar o sofrimento das pessoas afetadas pela seca...

Quanto mais da mesma estética e narrativa teremos que aguentar?

Me perdoem os que não concordam.

20 comentários:

Takren disse...

Escreví rápido e sem revisar, deve tar cheio de erro grotesco.

André Lasak disse...

Não concordo em termos. Mas prefiro discutir isso tomando uma cerveja, porque esse papo rende horas...

Mas a piada foi boa! :D

E de erro no quadrinho só tem um início de frase em caixa baixa... nada de mais... esse "tar" aí de cima me incomodou muito mais... hehehe

Abração!

Takren disse...

Pô, mas justo o "tar" foi de propósito!

Takren disse...

Hahaha, tou vendo que a minha opinão vai gerar polêmica.

É verdade, tá cheio (até onde dá pra produzir) de filmes nacionais bons aí, que eu gosto realmente.

O quadrinho é apenas uma alegoria a um estilo que seria muito melhor se não estivesse saturado e banalizado.

Continuem comentando!!!!!

João Felipe disse...

"O sinhô dortor tem certa razão, num sabe? Nois aqui do nordeste somos tudinho sofredor! Só existe sertão por essas bandas e nois faz o que pode pra sobreviver..."

*

Agora, façam-me o favor, produtores e executivos do cinema brasileiro, e façam um filme que preste! Até hoje só ouvi falar em UM filme de terror nacional! UMA ficção científica (e o pior é que se passava no NE)!!! Agora comédia romântica ou Regional, tem um monte, que dá pra fertilizar metade da Amazônia!!! Novela que é circo do povo, tem quatro por dia!

Ai Meus Pancrêas!!!


=)

Anônimo disse...

A gente pega uns mulekes, um afro-descendente (tem que ser politicamente correto, né?), um loirinho e um mestiço 'nascidos e criados numa da piores favelas do Rio de Janeiro (sotaque americano, please! Mensão especial para Zé Bode)' que sofrem para escapado do tráfego de drogas e da violência.
O loirinho num consegue e morre num tiroteio com a polícia, o Mestiço vira gerente de banco - que foi assaltado pelo loirinho e onde acontece o fatídico tiroteio - tudo com cobertura fotográfica do terceiro que virou repórter fotográfico do Globo/RJ - apesar de ser um 'negrinho' e graças EXCLUSIVAMENTE a uma moça, de boa família, 'branca', que não é uma racista, mas alguém que resolve dar uma chance a ele.
Tudo falando em espanhol e rodado em no Haiti (para ajudar a economia local devastada pela guerra civil, fato mensionado ao final do filme com o propósito de 'promover' o mesmo).

Ah...
Todos os figurantes são sambistas, os homens de calça branca, sapato marinheiro e camisa com listras horizontais, as mulheres semi-nuas e com cocares e etc.
Uma pequena porção de figuerantes devem ser índios com camisa do Che. Em passeata contra o governo federal, afinal Buenos Aires é a capital do Brasil.
Mais uma coisa: Dois casais de jovens americanos/europeus (brancos caucasianos, é claro) voluntários de uma ONG devem ser sequestrados. As moças violadas e os rapazes devem ter seus órgãos (em excelente estado de conservação, pois são vegetarianos, caretas e membros do Green Peace) extraídos (com eles vivos e NÃO anestesiados) e contrabandeados para a europa.
Que tal?
Cabe numa tirinha?

Com relação a sua tira. Concordo que se restringe demais os assuntos abordados pelo cinema nacional. Poucos filmes do novo cinema nacional fogem [com sucesso] dessa abordagem.
Nenhum completamente.

Anônimo disse...

Mais uma coisa:
Trilha sonora: Roots, do Sepultura.

André Lasak disse...

CARACA!

É lendo comentários do tipo do Sombra que eu vejo que sou um sujeito normal, centrado e de mente deveras sã... hehehehe

Tem muito neguinho pior que eu pelo mundo...

Feliz disse...

não esquece o "eu te amo, porra!"

Takren disse...

Não vou esquecer, não!
Ainda tou pensando na tira adequada.

(e cuidado como escreve, da primeira vez que lí tomei um puta susto, hahahahah)

Avati disse...

bom, não é só o que é produzido aqui, mas de fato é o que mais ganha voz. Acho que porque representa grande parte da cultura brasileira, que é em grande parte esse sofrimento e a aridez de estar humanamente isolado da elite, que vive seu Éden privado com toda a pompa que pode.

Eu curto muito o "Deus e o Diabo na Terra do Sol", do Glauber Rocha, mas já acho "Filhos de Francisco" um exagero da Grobu.

Anônimo disse...

Tem o 'ano em que meus pais sairam de férias' e vai sair agora 'o céu de suely', não vi nenhum, mas todos estão falando bem... as vezes aparece um ou outro que se salve... mas em compensação 'família alcântara' tá ai, se bem que é um documentário só, não teria como não fazer desse jeito...

K. disse...

esqueceu da ditadura militar d:

Anônimo disse...

Lasak: Eu sou normal.
Tudo bem que sou qúimico por formação...
Tudo bem que sou programador...
Tudo bem que faço terapia...
Tudo bem que tomo uns tarja preta (com cerveja de preferência)...
Mas fora isso, eu sou bem normal. :O]]

lisspow disse...

já assistiu "Muito Gelo e Dois Dedos D'água", "Cazuza, O Tempo Não Pára", "Bossa Nova", "O Homem Que Copiava", "Meu Tio Matou Um Cara"?
assiste e aí conversamos.

lisspow disse...

já assistiu "Muito Gelo e Dois Dedos D'água", "Cazuza, O Tempo Não Pára", "Bossa Nova", "O Homem Que Copiava", "Meu Tio Matou Um Cara", já?
assiste e aí conversamos.

Takren disse...

Sim, quase todos, menos o Cazuza. Conversemos.

Takren disse...

E repitindo meu outro comment:
"Hahaha, tou vendo que a minha opinão vai gerar polêmica. É verdade, tá cheio (até onde dá pra produzir) de filmes nacionais bons aí, que eu gosto realmente. O quadrinho é apenas uma alegoria a um estilo que seria muito melhor se não estivesse saturado e banalizado.
Continuem comentando!!!!!"

Continuo achando que o cinema nacional é ruim e imaturo. Não é um ou outro filme bom que salva o resto. E não comparemos com o cinema americano não. Vamos pelos filmes argentinos, franceses (muitos são um porre), espanhóis... Nossos amigos da língua latina. Todos tem uma levada típica de seu país, conseguem traduzir uma visão completamanete nacional para a bela arte do cinema. Já o Brasil não, capengamos muito.

Nosso cinema é muito preso ao movimento de câmera, iluminação, interpretação televisiva. Notamos isso inclusive nos filmes bons (em menor grau, claro). Fora que os que conseguem verba boa são sempre seguindo o formatinho que eu descrevi. Poucos são ousados, poucos são criativos.

Mas mais que qualquer coisa, precisamos de roteiristas para cinema. É o fundamental. (não escritores, dramaturgos, escritores de novela... Cada um tem expertise em um tipo de produto/narrativa)

Sei que por causa de tudo que o pobre cinema nacional passou, estamos muito atrás dos outros e que o progresso dos últimos anos é assustador de bom, mas vai demorar algum tempo até eu concordar com o termo "o cinema nacional está renascendo".

Pra mim é um embrião. Um que ainda pode voltar à massa podre que estava.

mel disse...

E não é que é assim?
Baseado em novelas, claro. Na verdade, nas novelas atuais só tem rico!

Leandro Jardim disse...

pior é que é verdade!